C.M.M.S. / OS MONUMENTOS



Capela

A Capela da nossa povoação é um dos nossos símbolos máximos que temos, nela está representa toda a fé que as nossas gentes têm.

O Santo Padroeiro da Aldeia é o Divino Espírito Santo, celebrado 50 dias (7 semanas) depois do Domingo de Páscoa, e com a sua celebração temos uma das tradições que mais marcam a nossa Aldeia. Desde à muitos anos, que no Domingo do Divino Espírito Santo se procede à tradicional distribuição do Bodo por todos os que se encontram em Malhadas da Serra. Este bodo é constituído por merendeiras (pão) e tremoços.



Moinho

A Comissão de Melhoramentos de Malhadas da Serra tem um moinho ao serviço da população. Encontra-se instalado no centro da povoação e é objectivo da Direcção deslocado para as futuras instalações da nossa Sede.

Este é um importante instrumento para os Malhadenses pois serve para moer os cereais colhidos das plantações da Aldeia, para que posteriormente os habitantes possam fazer, por exemplo, o seu pão ou broa.



Lagar

Estando situado nas Nogueiras, e de construção muito antiga, guarda nas suas paredes os segredos dos Lagareiros. A corrente de água que funcionava como "combustível" alimentava a pesada engrenagem. Este tipo de lagar que utilizava uma energia renovável não poluente, tinha forçosamente que estar instalado nas margens de rios ou ribeiras, de forma a moer e esmagar a azeitona.

Neste momento, encontra-se em estado de degradação podendo vir a ser alvo de um projecto de recuperação.




Lavadouro

O lavadouro público é um dos espaços mais emblemático da Aldeia, este é um local privilegiado que durante décadas viveu encontros e hoje é um património de memória colectivas, em especial das Malhadenses pois era aqui que as mulheres se encontravam, e ainda se encontram apesar de ter mais raro, nas suas idas para lavar a roupa.



Casa de Convívio

A actual Casa de Convívio é também a Sede da Comissão de Melhoramentos de Malhadas da Serra. Construída na década de 80, tendo sido inaugurada aquando do 50º Aniversário da Colectividade, encontra-se situada na Eira da Aldeia um dos lugares privilegiados pela sua centralidade, pois este é um dos pontos de (re)encontros, de convívios ou de lazer.

A função da Casa de Convívio é a de ser uma Casa onde todos convivam (entre uma jogada de cartas ou de matraquilhos), partilhem histórias (essenciais para transferir memórias para os mais novos) e que permite fazer companhia entre todos. Continuamos a conseguir abrir todos os dias as suas portas para quem quiser simplesmente beber um café ou passar um bom bocado, sendo este um dos interessantes papéis que orgulhosamente desempenhamos.

A Casa de Convívio tem a estrutura de uma casa de dois andares, mas com dimensões reduzidas, tendo apenas capacidade para cerca de 30 pessoas sentadas. Daí a nossa pretensão em construir uma nova Casa de Convívio, que será também a nova Sede da Comissão, para possuirmos umas instalações capazes para melhor recebermos todos os filhos da terra e todos os que nos visitam.

Antigamente, no primeiro andar da Casa de Convívio, esteve a funcionar um Posto Médico aonde se deslocava uma enfermeira para prestar a assistência a toda a população de Malhadas da Serra.





Tulhas

Casas de xisto situadas junto ao Lagar, de dimensão muito reduzida, e que serviam para guardar a azeitona até estas serem moídas.

Estas casas eram muito úteis, porque devido à sua localização, facilitavam todo o trabalho.



Escola

A Aldeia de Malhadas da Serra tem uma escola primária construída na década de 30 para receber crianças de ambos os sexos. Numa escola onde as carteiras eram de madeira pegadas com os bancos e os alunos transportavam a merenda e o material que tinham em sacos de serapilheira.

A primeira tarefa a fazer em cada aula era cantar o hino nacional e a todas as salas de aula tinham obrigatoriamente na parede três símbolos alinhados: uma fotografia de Salazar, outra do Presidente Carmona (símbolos de afirmação autoritária e nacionalista) e um crucifixo (o ensino era revestido de uma orientação cristã, ao abrigo de uma Concordata entre o Estado e a Igreja), sendo que todos os dias ao meio-dia se faziam-se as orações.

Na escola incutia-se a ordem, o respeito e a disciplina onde com alguma frequência, os professores aplicavam castigos corporais severos através das reguadas da temida palmatória, que ficou também conhecida por “menina dos cinco olhos”, ou através de humilhações com as orelhas de burro.

Apesar de a escola ser para ambos os sexos, muitas raparigas não iam à escola por se achar que não precisavam de saber ler ou escrever porque bastava que soubessem cuidar da casa, para se tornarem boas esposas e saber cuidar e educar os filhos e porque o seu trabalho era necessário no campo.

Antigamente, o ensino era diferente… A tabuada era dita a cantar e era preciso saber, entre outras coisas, o nome de todos os rios, serras ou estações de linhas de caminho-de-ferro portugueses.

Mas longe vai o tempo da actividade desta escola dado que já não recebe nenhum aluno há longos anos…